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Diretor da HNS visita o Porto de Hamburg | Alemanha

 

A convite do coordenador da CESPORTOS|SC, Ag. Especial da Polícia Federal Reinaldo Garcia Duarte o diretor da HNS - Hans Kuchenbecker  integrou a Comitiva Oficial de Visita aos Portos Europeus de 2013.

O Porto alemão, com mais de 800 anos de história, é um dos mais importantes da Europa. 

A Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis em Santa Catarina – CESPORTOS/SC chegou com uma comitiva formada por 20 pessoas na Alemanha no último dia 23. A visita ocorreu em dois terminais da HHLA, Hamburger Hafen und Logistik AG, em Hamburgo.

A comitiva formada por representantes da CESPORTOS/SC (Polícia Federal, Receita Federal, Governo do Estado e Administrações Portuárias Catarinense), dos Portos São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba e dos terminais Teporti, Poly, Tesc, Portonave e Itapoá, além das empresas, HNS POR Consuling e Security, MD Consultoria, CBES Engenharia, RC Consultoria, Direta Telecomunicações, Prosegur e Revista Inport pode acompanhar de perto os trabalhos realizados em dois dos terminais mais modernos do mundo.  

 “As visitas servem para a busca de informações sobre os sistemas e procedimentos de segurança adotados nos portos europeus. O objetivo principal é criar um parâmetro de auto avaliação dos procedimentos de segurança portuária adotados em Santa Catarina”, revela Reinaldo Garcia Duarte, Coordenador da CESPORTOS/SC.

A cidade de Hamburgo possui um milhão e oitocentos mil habitantes e está localizada ao Norte da Alemanha, a 100 quilômetros do mar. A distância, porém, não é empecilho para que a cidade tenha os terminais mais automatizados do mundo. Ao todo são cinco: o Burchardkai é o maior em termos de movimentação, são cerca de 3 milhões/TEUS ano. Seguido por Altenweider, 2 milhões/TEUS, Eurogate, também 2 milhões/TEUS, Tollerort e O’Swaldkai, com mais de 1 milhão/TEUS.

Burchardkai possui 140 hectares e quer expandir sua movimentação para 5 milhões de TEUS/ ano em breve. Para isso já investiu na área operacional e hoje quase todo o terminal é automatizado. São 32 portêineres, dois quilômetros de cais e 120 Sprinters Carries, equipamento que faz toda a movimentação do container em terra, o detalhe é que todo esse processo não conta com mão de obra humana. “Toda a tecnologia foi desenvolvida por nós. Levamos um ano de testes até que se chegasse nesse resultado. É um investimento alto, mas que vale a pena”, diz Claus Bunk, Consultor do Terminal.  

Com a possibilidade de atracação de 15 navios simultaneamente, mais de 30% da carga é direcionada a outros países por meio da ferrovia. “Se não tivéssemos a malha ferroviária bem estruturada aqui o trânsito já teria entrado em colapso há muito tempo”, revela Bunk.

Para Hans Kuchenbecker, da empresa HNS PORT Consulting & Security, o intuito da visita aos terminais era observar os requisitos referentes às exigências do ISPS Code, além do funcionamento e da forma como elas estão sendo cumpridas, mas a infraestrutura também foi um dos pontos que chamou a atenção.  “O acesso ao porto é feito apenas por uma via de entrada e uma de saída, e mesmo assim, não há filas e congestionamento. Ou seja, um dos principais requisitos do ISPS code, que é controlar todos os acessos, se torna uma tarefa extremamente simples para um terminal deste porte. Outro ponto observado foi que, a princípio, os terminais parecem estar abandonados, mas as atividades são intensas, isso porque, quase não vemos mão de obra humana, sendo o domínio das máquinas, em um ambiente limpo, organizado, regido por procedimentos e eficiência”, diz Hans.    

O segundo terminal visitado é o mais automatizado do mundo. O Altenweider possui no seu efetivo quatrocentas pessoas, sendo apenas nove fazendo o controle das operações. Um número muito pequeno comparado a sua movimentação anual: dois milhões de TEUS. Isso tudo se deve a sua alta tecnologia. A partir do momento que o navio atraca no cais não existe mais trabalho humano. Nem mesmo nos veículos que levam os contêineres até o pátio. Eles se movimentam com ajuda da tecnologia Transporder.  “Dessa forma o risco de acidente no terminal é zero, além disso, há redução de custos em longo prazo, um trabalho muito organizado, e eficiência na produção, que é o objetivo principal do terminal”, diz Bunk.

Para Wagner Castanheira, Diretor da CBS Consultoria, a visita mostra que a CESPORTOS/SC está no caminho certo. “Nossas autoridades estão exigindo o necessário para a adequação dos nossos portos ao que estabeleceu o ISPS Code, para operarmos cada vez melhor necessitamos de sistemas integrados e com tecnologia de ponta. De soluções de segurança e controle de acessos eficientes. Apesar de nossa realidade ser diferente da europeia, sem esses controles não conseguiremos a agilidade necessária para nos tornamos ainda mais competitivos“, diz Wagner.  

Já em relação à segurança do terminal, o Coordenador da CESPORTOS/SC diz que os terminais de Santa Catarina estão equiparados com os terminais da Europa. “Os Portos e Terminais catarinenses investem até mais em segurança do que os europeus, isso é excelente, mostra a consciência da comunidade portuária quanto a importância da segurança nesse modal e que isto também pode agregar valor nos serviços portuários oferecidos em Santa Catarina”, conclui Reinaldo.

Essa é a terceira missão da Comissão, que em agosto de 2011 visitou a base da Guarda Costeira em New York e o Terminal de Elizabeth em New Jersey. Já em 2012 a CESPORTOS/SC deu mais um passo em relação às visitas técnicas em portos internacionais. Os Portos de Leixões, em Portugal, Valença, na Espanha e de Le Havre, na França, fizeram parte do roteiro.  No roteiro de 2013, além de Hamburgo, a comitiva também visitou o porto de Antuérpia, na Bélgica, e participou de um Treinamento em Segurança Portuária no Centro de Treinamento da Prosegur, em Madri.

 

 

 

Fonte: Revista IN Port

 

 

 

 

Comitiva da CESPORTOS/SC

Hans Kuchenbecker no centro administrativo da HHLA

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